(Arte: FCF)

A busca pela segurança nos estádios

Encontrar os melhores meios para erradicar definitivamente a violência nos estádios é um caminho que a Federação Catarinense de Futebol vem percorrendo na atual administração.

Ciente de que o futebol precisa voltar aos seus momentos de paz total, que amplia a sua evolução e oferecer segurança absoluta para quem nele atua dentro e fora dos gramados e, especialmente nos estádios, com um acesso seguro e uma permanência tranquila, o presidente Rubens Angelotti encabeçou o movimento para diminuir a distância entre o desejo e a realidade.

Os recentes acontecimentos verificados no estádio Orlando Scarpelli, quando um grupo de pessoas invadiu o campo, impedindo o trabalho e colocando em risco a segurança de dirigentes e jogadores profissionais, ativou o alerta para a aplicação de medidas mais severas no combate à violência.

A certeza de que aqueles invasores são assíduos frequentadores dos estádios, ampliou a preocupação da FCF no sentido de buscar medidas mais eficientes para coibir a repetição dos fatos.

Assim, evitar o acesso de pessoas com histórico de criminalidade e violência aos estádios e outros locais de trabalho técnico e administrativo, passou a ser uma meta perseguida pela administração do futebol catarinense.

Nesse sentido, o estádio Orlando Scarpelli sediou ontem uma importante reunião entre dirigentes da Federação Catarinense de Futebol, Figueirense Futebol Clube, Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil de Santa Catarina, com técnicos representantes da INTELBRAS.

A conceituada empresa catarinense da indústria de telecomunicação eletrônica brasileira e líder nacional no mercado, onde atua desde 1976, desenvolveu projetos e equipamentos inteligentes que podem atender e suprir as necessidades de segurança para o futebol.

A proposta consiste na colocação em todos os locais de acesso, de equipamentos para identificação facial dos torcedores. Na demonstração realizada na reunião, os técnicos da empresa comprovaram que o equipamento é capaz de identificar um torcedor, cujo acesso não deveria ser permitido, num espaço de tempo inferior a um segundo.

O detector inteligente não só faz o reconhecimento facial como a verificação imediata de falha no sistema de segurança sanitária e a aferição da temperatura corporal das pessoas. Se interligado ao sistema estadual de segurança da Polícia Militar, exerce ainda uma importante função na identificação de pessoas que constem na lista de impedidos de acesso ou com passagens policiais devidamente registradas.

“Será um grande avanço e uma ação pioneira do futebol brasileiro para a tão almejada paz nos estádios” disse o presidente da FCF, Rubens Angelotti, que vem acompanhando as experiências da Intelbras e disposto a propor a aplicação do sistema em alguns jogos testes já no Campeonato Brasileiro da Série B.