A OAB/SC apresentou na segunda-feira (3), durante reunião na sede da entidade, uma campanha, criada pela Quadra Comunicação, para promover a paz no futebol. A campanha foi apresentada em primeira mão para representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Federação Catarinense de Futebol, Polícias Militar e Civil, Associação de Cronistas Esportivos de Santa Catarina, Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e Associação Catarinense de Imprensa (ACI), que deverão se juntar à iniciativa.
Com o mote Quem torce não briga, a campanha pretende despertar o torcedor para os prejuízos decorrentes da violência ligada ao futebol – que afasta o público do estádio e afeta também o próprio clube, ao provocar perda de pontos, mando de campo, dinheiro e até patrocínio. O lançamento oficial deve ocorrer ainda neste ano, antes do início do Campeonato Catarinense, em fevereiro de 2015. “O foco da campanha é justamente mexer com a paixão do torcedor para atingir seu efeito. Queremos fazer do próprio torcedor um agente de segurança, porque só ele é capaz de coibir este problema que tomou conta do país”, explica o presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi Filho.
Para o presidente da Comissão Estadual de Direito Desportivo da OAB/SC, Alexandre Monguilhot, o futebol é um fator de coesão do povo brasileiro e isso se reflete em todas as instituições envolvidas na campanha. “Isso dará corpo e força à ação, para que consiga realmente atingir todos os segmentos da sociedade”, diz. Uma nova reunião, para definição de planejamento, já ficou agendada para os próximos dias.
O procurador jurídico da Federação Catarinense de Futebol, Rodrigo Goeldner Capella, lembrou o quanto a união de esforços pode ser fundamental para mudar a realidade violenta em que está o futebol brasileiro hoje. “Somos os maiores interessados numa ação assim e também os maiores beneficiados com os resultados positivos que virão”, disse. Para Ana Márcia de Freitas, gerente do programa Justiça Presente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, “tudo que começa de forma educativa faz um efeito absurdo”.
O jornalista J.B.Telles, presidente da Associação de Cronistas Esportivos de Santa Catarina, elogiou a iniciativa. “O desafio é grande, mas algo precisa ser feito, precisa começar de algum lugar. Estamos vivendo o momento mais grave do futebol brasileiro, protagonizado por aqueles que menos esperávamos reações negativas, que é o torcedor”, comentou.Para Roberto Mattos Abrahão, assessor jurídico do Ministério Público, “a campanha vem para somar todos estes esforços e a estratégia que faltava para, de fato, por fim a este flagelo”.
A delegada Ester Coelho destacou o caráter educativo da iniciativa. “A importância de campanhas assim se dá justamente pelo fato de ir educando, educando até virar uma realidade. Há alguns anos, o arremesso de objetos no campo era algo incomum. Hoje, desde a criação do Justiça Presente que levou os membros da Polícia e do Judiciário para dentro dos estádios, tudo isso mudou e quase não vê mais objetos no chão. A própria torcida passou a repudiar isto e apontar os culpados. O mesmo deve acontecer com esta iniciativa contra a violência.”Participaram ainda do encontro os tenentes-coronéis da PM, Edmilson Sagaz e Marcus Vinicius; o diretor-executivo da ACAERT Everson Juguero; o chefe da secretaria do Conselho Gestor do TJ, Alcebir Dal Pizzol, a gerente do Programa Justiça Presente do TJ, Ana Márcia de Freitas; e o presidente da ACI, Ademir Arnon, e o diretor de criação da Quadra Comunicação Jaisson Pepes.Assessoria de Comunicação da OAB/SC