A série “Especial Catarinense Feminino 2018” destaca o ingresso do Clube Náutico Marcílio Dias no futebol feminino. A equipe de futebol feminino do Marcílio Dias estreia no Campeonato Catarinense neste sábado (22) contra a AE Kindermann, às 15 horas, no Estádio Dr. Carlos Alberto Costa Neves, na cidade de Caçador.
Será a primeira vez que um clube da região participa da competição. Este é o primeiro ano da equipe feminina do Marinheiro, que funciona em parceria com a Fundação Municipal de Esporte e Lazer – FMEL, de Itajaí. Os superintendentes Julcemar Ferreira e Giovani Prateat viabilizaram a participação do clube na competição.
O Campeonato Catarinense Feminino terá quatro equipes que se enfrentam em turno e returno. Além de Marcílio e Kindermann, Chapecoense e Criciúma também disputam o título e se enfrentam no domingo de manhã. “Neste primeiro ano, o intuito é adquirir experiência para os próximos campeonatos já que as outras equipes possuem muito mais tradição e investimento no futebol feminino”, explica Ailton Belizario, treinador do Marcílio Dias/FMEL.
Segundo Ailton, mais de 80% das meninas moram ou são de Itajaí, tendo somente duas que vieram de São José, além de cinco atletas emprestadas da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú – FME. O perfil das atletas varia, algumas estudam e treinam, outras trabalham e treinam, mas todas têm muita dedicação e vontade de crescer no esporte. Estão inscritas no campeonato 23 jogadoras, sem limite de idade. As duas mais jovens têm 17 anos e a mais experiente tem 27 anos e todas recebem bolsa mensalmente da FMEL.
Apesar de serem 23 jogadoras inscritas no estadual, atualmente mais de 40 meninas estão treinando pelo Marcílio Dias/FMEL em duas categorias, Sub17 e Adulto. Os treinamentos acontecem às segundas, quartas e sábados no período da tarde. Nas terças e quintas, as atletas treinam na academia. Ailton faz o convite as meninas interessadas em jogar futebol pelo Marcílio que entrem em contato com a FMEL pelo telefone (47) 3348-1473.
Para Ailton, com as novas orientações da CBF, que vai obrigar os clubes de futebol a terem equipes femininas nos próximos anos, o esporte para as mulheres vai crescer muito. Ele conta que na região o futebol feminino é muito praticado, mas sofre com a falta de estrutura e apoio. “Para mim isso também é futebol, futebol não tem sexo, todos têm o direito de praticar”, conclui.