O protocolo de segurança para a retomada progressiva do futebol profissional de Santa Catarina vem ganhando destaque nacional. Em entrevista ao programa Troca de Passes, do canal SporTV, Dr. Luís Fernando Funchal, chefe do departamento médico do Avaí, falou sobre o assunto.
Luís é um dos idealizadores do projeto e reforça que ele é um “guia de sugestões”, sendo algo adaptável e não impositivo. É importante frisar que o documento pode sofrer alterações conforme a situação se desenvolve. Os argumentos são baseados nos protocolos de ligas que já retornaram ou estão próximas da retomada, como as da Alemanha, Espanha, Itália e Portugal.
Mesmo se tratando de sugestões, é fundamental que as práticas sejam executadas visando a segurança para toda “a família do futebol” – jogadores, técnicos, comissão técnica, funcionários e os familiares dessas pessoas.
O protocolo define fases para que essa retomada progressiva aconteça. A fase um é a “fase do treinamento”, e o grau aumenta respeitando as curvas epidemiológicas. “Não podemos fechar os olhos para essa pandemia que afeta o mundo todo, mas cada país reage de forma diferente por conta das populações, densidades homográficas – que é um dos fatores de disseminação de doenças respiratórias -, e isso faz diferença”, disse.
Em Santa Catarina, todas as recomendações estão sendo respeitadas e existem diálogos conscientes, levando em consideração todas as opiniões. Funchal explica que “é levado em conta a visão dos responsáveis da saúde pública, como as secretarias municipais de cada cidade em que os clubes se localizam, e a visão da secretaria do Estado.”
“As estruturas governamentais desejam que o futebol retorne, mas isso não é possível sem um estudo técnico. Para retomar qualquer atividade econômica, o ideal é fazer o estudo previamente e oferecer para entidades públicas, que possam através do estudo determinar as melhores normas e práticas”.
Em relação ao risco de contágio do Covid-19, Luis reforçou os resultados dos testes feitos no Estado nesta semana. “Fizemos a testagem, que nos deu grande segurança sobre qual é a população epidemiológica que estamos tratando”, falou. Ressaltou também o trabalho feito ao lado da Federação Catarinense de Futebol para que o diálogo flua da melhor forma possível e possamos passar por esse momento com segurança.