Walter Feldman: futebol como integração nacional

O secretário geral da CBF, Walter Feldman, foi o paraninfo do terceiro e último dia do CBF Social, do CBF + Saúde e também da abertura da 9ª Jornada Científica do Departamento Médico do Avaí, na manhã desta sexta-feira, no Estádio da Ressacada. O dirigente foi recebido pelo presidente Francisco José Battistotti e pelo presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti, fez a palestra de abertura em seguida visitou as instalações do clube. Prestigiou o Festival de Futebol, que reuniu no gramado da Ressacada mais de 400 crianças de comunidades carentes de Florianópolis.

Walter Feldman quer o futebol como instrumento de integração nacional. Foto: Alceu Atherino Neves / Avai FC

Com dificuldade em caminhar por conta de uma cirurgia recente no pé direito, Walter Feldman usou uma cadeira de rodas para percorrer as instalações do clube. Não escondeu a alegria depois que o presidente Francisco José Battistotti, ao encerrar as boas vindas aos presentes, presenteou-o com uma camisa oficial do Avaí. O dirigente da CBF fez questão de vestir a camisa e dar sua rápida palestra com o manto sagrado azurra.

Walter Feldmann discorreu sobre o futebol brasileiro, a importância que o futebol tem na construção de uma integração nacional. Trouxe para Santa Catarina os cumprimentos do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero ao presidente Battistotti, anfitrião do CBF Social e ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti. “Estou muito feliz de estar aqui hoje, com as dificuldades de locomoção que vocês reconhecem, mas quero dizer que a CBF, desde a gestão do Marco Polo, iniciada em 16 de abril de 2015, nós definimos fazer no futebol uma gestão ética, transparente, moderna e social”.

O dirigente acrescentou com esta gestão moderna, ética e transparente, a CBF já está realizando. “Nós temos também que cumprir o nosso papel social. Mudança radical do modelo que encontramos”, disse o dirigente, citando Nelson Rodrigues: “O pior cego é o que só vê a bola”, ao se referir a um jogo de futebol, onde existe muito mais por trás de um simples resultado de jogo.

“Nós queremos queremos transformar o futebol num instrumento sócioeducativo, fazer com que a sociedade brasileira pratique mais atividade física, seja mas alegre, mais disposta e competitiva, alcançar a empregabilidade, pois o mercado está difícil. O projeto CBF Social é uma alavanca para a transformação da cidadania, pessoas transparentes e éticas. Precisamos divulgar estas ideias, ouvir a ideia de vocês. O Brasil é um país vocacionado para ser feliz”, completou.

A abertura do terceiro e último dia do CBF Social teve como ponto alto a palestra do presidente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol, Jorge Pagura, que falou sobre concussão cerebral. Ele foi apresentado pelo coordenador e chefe do departamento médico do Avaí, Luis Fernando Funchal. Ao final da palestra, Pagura foi presenteado com uma camisa oficial do Avaí e disse que tem uma preferência toda especial pela cor azul. Sua palestra foi interessante na medida em que fez um alerta sobre a necessidade de não ficar apenas nas mãos do técnico a troca de um jogador que tenha sofrido concussão cerebral numa partida, mas para os médicos terem esta autonomia dentro de campo também.

Jorge Pagura falou sobre polêmica das substituições em concussão.
Foto: Alceu Atherino Neves / Avaí FC

A programação da manhã de sexta-feira ainda teve duas mesas-redondas sobre “A Importância do Trabalho Interdisciplinar no Futebol”, e outra sobre “Prevenção de Lesões no Futebol”. Participaram profissionais do Avaí e também de outros clubes como Figueirense, Chapecoense e Juventus de Jaraguá do Sul.