FCF e clubes da Série A debatem o futebol catarinense

A Diretoria da Federação Catarinense de Futebol esteve reunida na tarde desta 2ª feira (13) com dez presidentes dos clubes integrantes da Série A do Campeonato Catarinense na sede da Entidade, em Balneário Camboriú. O encontro foi solicitado pela Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina -SC Clubes e tratou de diversos assuntos. Compuseram a mesa diretiva: o Presidente da FCF, Rubens Renato Angelotti, o Superintendente, Lédio D´Altoé, o Procurador Jurídico, Rodrigo Capella, o Gerente de Competições, Fábio Nogueira, a Gerente de Registros e Transferências, Cláudia Peixoto, o Presidente da CA-FCF, Sandro Mattos, o Coordenador da Fiscalização, Alexandre Ramos e o Vice-Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Santa Catarina-SINAFESC, Hélio Prado.

O Presidente da FCF, Rubens Renato Angelotti, iniciou a reunião saudando a presença de todos e objetivamente colocou em discussão o primeiro assunto da pauta proposta pela SC Clube, a participação das pegadoras de bolas, popularmente chamadas de gandulas.

Desde 2011 a Federação Catarinense de Futebol utiliza mulheres como repositoras de bolas. A SC Clubes alegou que não se trata de questão de gênero, mas que algumas repositoras desconhecem as regras do jogo e não desempenham corretamente a função, propondo que a mesma fosse executada e coordenada pelos clubes durante o returno do Catarinense Havan 2017, utilizando atletas das categorias de base.
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A Comissão de Arbitragem da FCF esclareceu que a função precisa ser executada com isenção, evitando que o resultado das partidas condicione a retenção ou reposição de bolas de forma inadequada, favorecendo o clube mandante e prejudicando o transcorrer das partidas. Reconhecendo que algumas repositoras precisam de mais concentração e treinamento, a Comissão de Arbitragem FCF se propôs a aperfeiçoar os treinamentos e destinar mais orientações às pegadoras. Porém a posição da SC Clubes prevaleceu e a administração da função ficará a critério dos clubes no returno do Catarinense Havan 2017.

O segundo item proposto pela SC Clubes foi sobre a fiscalização da FCF nos portões de acesso aos estádios. A SC Clubes questionou o número de fiscais em atividade e o custo da atividade destes colaboradores. Seis clubes do Catarinense Havan 2017 possuem catracas eletrônicas: Figueirense FC, Joinville EC, Avaí FC, Criciúma EC, Associação Chapecoense e EC Internacional, sendo que nos demais estádios os fiscais precisam executar também a função de operador de catraca. O Coordenador da Fiscalização, Alexandre Ramos, irá realizar um estudo para propor novos valores ao serviço, sem comprometer a execução da função, que tem como objetivo principal proteger o patrimônio dos clubes, prezando pela integralidade das rendas.

O terceiro tema proposto pela SC Clubes foi referente à tabela emolumentos. A FCF apresentou dados comparativos com outras federações filiadas à Confederação Brasileira de Futebol, expondo que não houve aumentos abusivos e que há substancial diferença entre valores maiores praticados por outras federações em relação à tabela catarinense.

A principal reivindicação da SC Clubes questiona reajustes praticados na tabela de emolumentos do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina, que é determinada pelo próprio TJD-Fut/SC. O Superintendente Lédio D´Altoé esclareceu quais valores são reajustados pelo TJD-Fut/SC e se prontificou a intermediar explicações por parte do TJD-Fut/SC.
Avaliadores de Arbitragem foi o quarto tópico proposto pela SC Clubes. A entidade que organiza os clubes no Estado esclareceu que a intenção de criar um comitê para avaliações paralelas à realizada pela FCF tem como objetivo embasar e complementar as representações enviadas à Comissão de Arbitragem da FCF, juntamente com as imagens das partidas.

A Comissão de Arbitragem da FCF se colocou à disposição dos clubes para tecer os esclarecimentos, ressaltando a importância das representações enviadas e reiterando que tem colocado em prática padrões de aperfeiçoamento das atuações, bem como aplicado punições aos árbitros e assistentes que eventualmente não tenham a conduta objetivada pela Federação Catarinense de Futebol. O Vice-Presidente do SINAFESC, Hélio Prado, também fez uso da palavra, argumentando o longo trabalho realizado pelo sindicato na formação de novos árbitros através da Escola Catarinense de Arbitragem Gilberto Nahas, exaltou o ótimo trabalho realizado pela arbitragem catarinense no cenário nacional e também na primeira metade do Catarinense Havan 2017. Comentou ainda preocupação quanto à comissão paralela de avaliação e reiterou a qualificação dos instrutores FIFA, CBF e FCF que estão à disposição da arbitragem catarinense.

O quinto tema em discussão foi o patrocínio máster do Campeonato Catarinense da Série A 2017. O Presidente da FCF, Rubens Renato Angelotti, destinou crédito de R$ 10 mil (dez mil reais) para cada clube em permuta de bolas ou emolumentos referente ao patrocínio do Catarinense Havan 2017.

A longa reunião entrou no sexto tema proposto, Avaliação do Turno. Com a conquista inquestionável do Avaí FC e um ótimo desempenho da arbitragem, houve consenso de que o turno do Catarinense Havan 2017 foi muito bom e que tanto clubes como a FCF estão satisfeitos pelo transcorrer da competição.

Nos assuntos gerais colocados em discussão, a volta da comercialização de cerveja aos estádios foi o principal item. A SC Clubes solicitou apoio da Fedaração Catarinense de Futebol para pleitear o retorno da comercialização de cerveja nos Estádios. O Presidente da FCF manifestou apoio incondicional ao pleito da SC Clubes. Atualmente a comercialização de cerveja é proibida por força da legislação federal. O Presidente da SC Clubes, Luiz Henrique Ribeiro, citou a lei federal que tornou a cidade de Blumenau a Capital Nacional da Cerveja e que a SC Clubes irá propor a volta da comercialização da bebida norteada pelos parâmetros do consumo responsável, controlando prazo e volume das vendas.

Para encerrar a reunião, a Federação Catarinense de Futebol notificou os clubes sobre o aporte de recursos destinado pela Confederação Brasileira de Futebol aos clubes participantes da Copa do Brasil 2017. A CBF irá destinar valores extras, inclusive para os clubes já eliminados da competição, nas seguintes proporções: 1ª Fase – R$ 85 mil, 2ª Fase – R$ 95 mil e 3ª Fase – R$ 110 mil.