Os trabalhos do primeiro Seminário de Capacitação para Árbitros e Assistentes prosseguiram nesta sexta-feira, 22, com palestras sobre a natureza das faltas, entre elas as faltas consideradas táticas. Os instrutores também comentaram situações em que o árbitro e os assistentes devem estar atentos no decorrer da partida como o lance chamado de “mão na bola”. Outro tema abordado foi a súmula eletrônica que é adotada pela FCF desde 2015. Os participantes também foram submetidos a video-teste com retroalimentação, além de uma avaliação das decisões em relação aos lances.
O primeiro conteúdo ministrado pela instrutora Érica Gonçalves Krauss foi a Regra 12, que trata das faltas e condutas irregulares. Em caso de marcação de falta, as opções do árbitro são determinar a cobrança de tiro livre direto, pênalti e tiro livre indireto. Decorrente de condutas irregulares, o jogador é passível de sanções disciplinares com aplicação de cartões. As entradas e disputas podem ser consideradas imprudentes, temerárias ou com uso de força excessiva (jogo brusco grave).
Neste contexto foram apresentados em um telão dez videos de situações reais de jogo, com ocorrência de lances duvidosos. Os participantes deveriam analisar a jogada e apresentar a decisão que julgavam correta, ou seja marcação de falta ou impedimento, lance normal e eventual aplicação de cartão. Todos os lances foram revisados ao final, sendo que na grande maioria das situações as respostas apontadas pelos árbitros e assistentes coincidiram.
A segunda atividade teórica da noite foi comandada pelo instrutor Cantucho Setubal, que abordou a natureza das faltas, faltas táticas e mão na bola. A diferença entre bola na mão e mão na bola é um dos assuntos mais polémicos no futebol. Segundo o instrutor, a equipe de arbitragem deve conhecer a regra e saber interpretar o lance. Mão na bola é a situação na qual o jogador deliberadamente coloca a mão na bola ou em função de uma ação deliberada bloqueia a bola ou assume o risco de bloqueá-la. Neste caso, o árbitro deverá marcar um tiro livre direto ou tiro penal.
A última atividade da noite foi a apresentação do Assessor do Departamento de Competições da FCF, José Carlos Goulart Júnior, que falou sobre a Súmula Eletrônica e o correto preenchimento do documento. A Federação Catarinense de Futebol utiliza o sistema égol, desenvolvido pela empresa Simple System, que oferece a possibilidade de preenchimento online. Na palestra, foram dirimidas as dúvidas manifestadas quanto aos procedimentos de alimentação do sistema.
O seminário termina no sábado quando serão realizadas atividade física e prática de campo, incluindo controle da área penal e impedimento. Ao final, todos os participantes que cumprirem a carga horária exigida receberão certificados de participação chancelados pela FCF, CBF e Sinafesc.